terça-feira, 25 de setembro de 2007

ÊXODO BRASILEIRO: O CAMINHO DE VOLTA.

Com a concentração da Economia, das Indústrias e do Comércio na região Sudeste do Brasil, mais precisamente em São Paulo, e portanto, a concentração da riqueza e da renda nas mãos de poucos, esse Estado foi atraindo migrantes de todas as partes do país, mais precisamente do Nordeste. Desde a década de 60 e até final do século passado, São Paulo recebeu milhões de migrantes e com isso a cidade cresceu, inchou e ficou quase inviável. Pois todos vinham para cá buscar aquilo que não tinham em sua cidade de origem: emprego, renda e dignidade. Mas, desde o início desse século XXI, a migração começou a fazer o caminho inverso, devido ao baixo crescimento da economia paulista que é menor que o resto do país, a violência, o trânsito caótico, o alto preço do aluguel e do custo de vida, a poluição, além da saída de várias fábricas e indústrias para outras regiões contribuiram para muitas pessoas se mudarem de São Paulo em busca de melhores oportunidades. Vão buscar lá fora o que não encontraram aqui: paz e uma melhor qualidade de vida.
Várias empresas se instalaram em outros Estados, isso é bom, pois descentraliza a riqueza e gera renda pelo país afora beneficiando a todos e não apenas a um estado que chegou a deter sozinho metade da riqueza nacional. O Governo Federal acena com uma construção de Refinaria de Petróleo em Pernambuco, a CSN quer montar um Siderúrgica na região também, isso é excelente, pois diminui a distância origem/destino e os preços do produto, pois não há o frete, que tanto encarece os produtos nas estradas ruins.
A migração agora acontece dos Estados centrais para os periféricos. Em 2006 São Paulo perdeu 207.000 habitantes, Tocantins perdeu 22.300 e o Distrito Federal ficou com menos 13.000 habitantes. Na outra ponta, o Ceará recebeu 39.000 novos moradores, a Bahia 33.000 e Rio Grande do Norte 30.000 habitantes. São pessoas que estão de volta prá casa, outras estão investindo na região em hotéis, pousadas, bares, indústrias, lojas, fábricas, etc, etc. O êxodo se deu muito também na zona rural, principalmente dos sulistas se dirigindo para a agricultura no Centro-Oeste e na região Oeste da Bahia e Tocantins, no cultivo da soja e outros.

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