sábado, 22 de dezembro de 2012

CENTENÁRIO DE GONZAGÃO - PARTE FINAL.

Imagens da Web. No final dos anos 50 a música de Gonzagão sofre o primeiro "golpe" com JK na Presidência do Brasil e com o sonho do "país grande" , desenvolvido e urbano chega também ao Brasil a televisão e o rádio perde força com o novo meio de comunicação e programas de auditório. Surge também a Bossa Nova de João Gilberto e Tom Jobim e o baião some aos poucos. Lua se recolhe ao interior do Nordeste esperando a hora de voltar. Surge nos EUA o rock e seu ícone maior Elvis Presley e em seguida os Beatles que virou onda no mundo todo. Gonzagão não podia competir com a indústria fonográfica norte-americana e suas gravadoras. O bom e velho Lua ganhou outros "inimigos" de peso para competir com sua música: a guitarra, a bateria, o contra-baixo e o órgão eletrônico (teclado)superando em muito seu trio de zabumba, sanfona e triângulo. Ainda nos anos 60 novo golpe na música de Lua, surgem os cabeludos da Jovem Guarda que virou febre na TV brasileira comandado por Roberto Carlos. Sem espaço na TV, nos jornais e nas rádios das Capitais Gonzagão continua recluso no interior do Nordeste fazendo shows em praças e tendo como palco a carroceria de um velho caminhão. Nesse período grava "Xote dos Cabeludos" uma alusão e crítica bem humorada ao jovem apresentador e cantor Roberto Carlos & cia. Final dos anos 60 surge o Tropicalismo liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil que trás à tona o velho baião de Gonzagão sendo cantado e citados por eles em vários passagens da Tropicália. Surge a música de raiz voltada mais para o interior e o sertão como os grandes Festivais e revelações de cantores como Geraldo Vandré. Luiz Gonzaga passa a fazer sucesso esporádico, acontece o golpe Militar no país, muitos artistas e intelectuais são presos e exilados. Caetano grava em Londres no exílio "ASA BRANCA" em 1971 e o velho Lua ressurge no cenário Nacional. Lua fez escola e deixou vários seguidores e fãs como; Zé Ramalho, Fágner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Alceu Valença, etc. No final dos anos 70 e início dos 80 Gonzagão faz show na França e percorre o Brasil ao lado de seu filho Gonzaguinha com o espetáculo "Vida de Viajante" que vira sucesso de público e e crítica. As emissoras de TV, tanto abertas como por assinaturas, passaram vários programas especiais sobre o centenário de Gonzagão, aconteceram vários shows pelo Brasil afora em sua homenagem, inclusive em Exú, sua tera Natal com a participação de Gilberto Gil. Foi lançado o filme: Gonzaga:de pai prá filho e um CD com vários artistas cantando junto com o velho Lua. Vale a pena ver e ouvir de novo.

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