sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
A demagogia tucana e a violência policial.
Imagens da Web
Em mais uma incompetente e desastrosa operação a Polícia Civil do DENARC do Governador tucano Geraldo Alckmin "invadiu" ontem à tarde (23.01.14) a região central da cidade de São Paulo, conhecida como cracolândia onde "moram" centenas de pedintes, desempregados e usuários de drogas e álcool que perambulam pelas ruas como zumbis para fumarem crack. A polícia civil fez uma incursão na área com um verdadeiro aparato bélico que mais parecia uma guerra civil e com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha começaram a ameaçar a todos os transeuntes causando pânico e foi um corre corre sem precedentes. No local havia uma equipe da Prefeitura composta por Agentes da Secretaria de Saúde e da Assistência Social, além do Secretário Municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, que a tudo presenciou, eles estavam no local cadastrando os viciados para entrarem no programa da Prefeitura. A truculência da polícia tucana que não avisou nem aos seus pares do comando da Polícia Militar e nem à Prefeitura.
Uma semana após o Prefeito Fernando Haddad implantar o projeto Operação Braços Abertos, que visa recuperar os viciados em crack da região central de SP oferecendo às pessoas que vivem em situação de risco, emprego, dignidade, moradia, tratamento de saúde, etc. Hoje mais de 300 pessoas que fazem parte desse projeto já receberam o pagamento e comemoraram bastante e já fazem planos para o futuro. Só que essa ação lamentável da Polícia e seus comandantes pode estragar tudo que já estava sendo feito, pois os outros moradores de rua podem ficar com medo da violência policial e mudarem para outras regiões da cidade como já aconteceu nas vezes anteriores com as incursões da Polícia Militar que usou de força excessiva e como pensam os tucanos que a causa social se resolve na pancada e não na ajuda humanitária.
Com 10 viaturas e homens bem armados até parece que foi uma "operação arranjada" ou "pau mandado" pelo Governador tucano para prejudicar o projeto que estava dando certo do Prefeito Haddad que é do PT e como é ano de eleições não podemos descartar nenhuma hipótese. Aparece também na imprensa que 2 policiais do DENARC são suspeitos de venderem drogas na região da cracolãndia e uma viatura da Corregedoria da Polícia Civil foi vista na área ontem.
O pior é que o índice de violência continua subindo em todos os níveis na Capital e no Estado de São Paulo, ontem foram incendiados 6 ônibus na Capital, vários caixas eletrônicos de bancos foram explodidos na região metropolitana, a semana passada 12 pessoas foram executadas em Campinas-SP e policiais militares são suspeitos.
Enquanto isso nós, os cidadãos, não podemos ir jantar em restaurantes pois os arrastões continuam a mil e não vemos essa truculência policial com os verdadeiros bandidos do PCC. Porquê? Porquê? Porquê?
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
O GRITO DA PERIFERIA.
Imagens da Web.
Os jovens reclamam de seus espaços que lhes foram tirados. Os antigos campos de várzea onde eles jogavam bolas e brincavam e que deram lugar aos grandes condomínios, Shoppings, Hipermercados, estacionamentos, etc. O poder Público não fez obras ou criou opções de lazer para esses jovens que ficaram órfãos de áreas de recreação.
O grito já vem de muito tempo, os jovens fazem bailes funk na periferia, o chamado pancadão, com aparelhos sonoros de alta potência que chega a incomodar a vizinhança e geralmente só acaba com a chegada da polícia e aí o pancadão vira pancadaria. O chamado rolezinho acontece também nos Shoppings da periferia e geralmente a polícia age com violência e truculência contra os jovens desses movimentos. No Shopping Itaquera e em Guarulhos foi assim, força policial para os periféricos. Já nos Shoppings Pateo Higienopólis e Metrô Santa Cruz que ficam em área nobre da cidade de São Paulo e são frequentados por jovens da classe média paulistana e que frequentam boas Faculdades e Colégios como o Arquidiocesano também existem encontros de jovens marcados pelas redes sociais e a imprensa chama isso de Flash Mob,e não há repressão policial, enquanto os da periferia são chamados de rolezinho. Até nisso há o preconceito e a discriminação por parte da Imprensa e da Elite no trato com os jovens da periferia e os da classe média. É a segregação de classes e o confinamento de jovens periféricos que parecem só ter o grito como arma de guerra.
O poder Público (Estado e Município) poderiam utilizar os espaços ociosos para esses jovens fazerem suas festas, shows e bailes sem incomodar vizinhos ou parte da sociedade. Em SP temos o sambódromo do Anhembi, a Praça em frente ao Estádio Pacaembu, o Autódromo de Interlagos e outros parques da cidade que poderiam ser utilizados por jovens nos finais de semana para seu lazer.
Só assim parte dessa Imprensa e da elite preconceituosa não teriam tanta bobagem para falar e escrever. Aí eles teriam mais tempo para pentear macaco, que é o que eles merecem.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
O ROLEZINHO DA PERIFERIA.
Imagens da Web.
Assim como os rios metropolitanos que reclamam suas margens e leitos que foram roubados pelos homens em nome do progresso, os jovens da periferia dos grandes centros urbanos gritam por suas áreas de lazer que lhes foram tiradas também em nome do progresso para construções e grandes empreendimentos como: condomínios, Shoppings, Supermercados, Estádios, Boates, etc, etc. O chamado "rolezinho" que é combinado pelos jovens através das redes sociais e é marcado encontro em Shoppings das periferias e saem em gritaria e alvoroço assustando as pessoas pensando que pode ser um arrastão. Essa modalidade de protesto começou por São Paulo e já chegou ao Rio, causando polêmica e discussão na sociedade que não vê com bons olhos a intromissão do Judiciário e do despreparo da Polícia em usar de violência contra esses jovens da periferia que veem nos Shoppings seus sonhos de consumo em um tênis de marca famosa ou uma roupa de grife.
Muitos desses jovens não têm poder aquisitivo para tal consumo, por isso o encontro deles através do rolezinho como protesto.
As Prefeituras das grandes cidades deveriam fazer uma Lei que para cada empreendimento que fosse construido como Shoppings e Supermercados, fossem também erquidas ao lado uma praça de lazer para os jovens daquela região, com pistas de skates, patins, palco para shows e músicas, etc.
Esse problema não se resolve com a Polícia, nem com a violência e nem com liminares expedidas pelo Judiciário em nome dos Shoppings.
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