Morre lentamente
quem não viaja, quem não conhece novos lugares e pessoas,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda marca,
quem não se arrisca a vestir uma nova cor,
quem não aceita o novo, o diferente, o inusitado ,a mudança.
Morre lentamente
quem não conversa com quem não conhece,
quem evita viver uma grande paixão
e seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos
e faz pulsar mais forte o coração.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de seus sonhos,
quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos...
Morre lentamente
quem tem medo de jogar tudo para o alto,
e começar tudo outra vez, tudo novo de novo.
Morre lentamente
quem tem medo de viver um novo amor,
quem fica na saudade e não suporta a dor.
Por isso, viva o hoje!!!! viva o agora!!!!!!!
arrisque hoje!! faça hoje!!!!!
Ou comece a morrer lentamente...
Obs: texto de Pablo Neruda - adaptado por mim.
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