Com o crescimento da economia e a expansão do crédito brasileiro na última década, surgiu uma nova Classe Média no Brasil, a recém chegada Classe C, que em partes veio se juntar à antiga e tradicional Classe B, ou Média. Com isso a Classe C teve pela primeira vez a oportunidade de comprar um carro mesmo que usado, financiar a casa própria e viajar de avião para conhecer o Brasil e até mesmo o Exterior. Antes esse privilégio era apenas de brasileiros de maior renda. Isso veio gerar conflitos e preconceitos da velha Classe Média, onde no final do ano passado um jornalista de TV de Santa Catarina disse ao vivo que a culpa dos engarrafamentos nas estradas que levam ao litoral e nas grandes cidades era dos "pobres" que compravam carros e casas que parecem "gaiolas" com financiamento do Governo. Recentemente em São Paulo e no Rio de Janeiro, a velha Classe Média Alta, fez protesto e manifesto com entrevistas e divulgação na mídia contra a construção de estações do Metrô em Bairros de Classe Média Alta, como em Higienópolis e Morumbi, em SP e em Ipanema, no Rio. Eles, a elite, diz que com o Metrô pessoas "diferenciadas" viriam para o Bairro e causariam transtornos e violência aos seus moradores. Puro preconceito.
A velha Classe Média não aceita compartilhar espaços e serviços com a Classe C e começam a falar que os aeroportos estão parecendo rodoviárias, "cheias de malas e pobres viajando" para todos os lados.
Segundo o Dicionário, DIFERENTE é: que difere; que se distingue; desigual; que não é o mesmo; não semelhante. DIFERENCIADO é: que se diferencia; distinto; diferenciado do outro; diferenciado nos seus costumes. Portanto, o difeenciado no caso é a antiga Classe Média brasileira, que sempre viveu de privilégios, tanto do setor Público como Privado e não se conforma com a ascensão social e econômica de outros brasileiros, que vão continuar viajando e consumindo mesmo que seja pago em 10 vezes, como eles, os preconceituosos insinuam.
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