domingo, 27 de maio de 2012

A COPA DO MUNDO E A SECA NO NORDESTE.

De um lado investimento de bilhões de reais em obras para a Copa do Mundo de 2014 que parecem que não vão ser concluídas a tempo. Do outro lado o flagelo da seca que parece ser pior que a da década de 70 e hoje atinge mais de 900 municípios do Nordeste atingindo quase de 10 milhões de pessoas e causando um prejuízo de 12 bilhões de reais. A terra seca, esturricada, sem pastagem, árvores sem verde, rios secos, cidades sem chuvas há mais de 6 meses, animais mortos. O cenário é desolador para o sertanejo sem muita perspectiva. Na Bahia mais da metade dos municípios está em estado de emergência, e a seca se estende por todo o Nordeste, que mesmo em período fértil já apresenta índice de pobreza igual à países da África. O IDH- Índice de Desenvolvimento Humano de algumas cidades nordestinas são os piores do país, como em MANARI-PE, que é de 0,467, seguida de TRAIPU-AL e GUARIBAS-PI, com 0,479 cada uma, em seguida vem JORDÃO-AC com índice de 0,475. O IDH vai até 1 (hum) - quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano. O Brasil teve média de 0,649 em 2009. A situação também é preocupante quando analisamos o PIB per capita brasileiro, que a média em 2009 foi de R$ 16.917,00, em cidades do semi-árido nordestino como TACARATU-PE, foi de R$ 3.183,00, em SANTA BRÍGIDA-BA, foi de R$ 3.382,00 bem abaixo da média nacional. Enquanto a transposição do Rio São Francisco não sai, enquanto os Governantes não tomarem atitudes sérias e que venham para resolver o problema da seca em definitivo e não com paliativos recorrentes e pontuais, esse problema tende a perdurar por muito tempo ainda, é lastimável e lamentável. Bilhões são enterrados em obras faraônicas para a Copa do Mundo, enquanto o povo passa fome. Ora o povo. O povo é apenas um detalhe... No Nordeste, a indústria da seca. No Sul/Sudeste a indústria das enchentes.

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