A MÍDIA CONSERVADORA SERÁ O 12º JUIZ DO STF.

Imagens da Web. "Os embargos infringentes não são nenhuma extravagância. Eles são direitos dos réus e não podem ser revogados pelo Supremo." (Ricardo Lewandowski, ontem no STF). Após o empate de 5 x 5 no julgamento ontem dos embargos infringentes pelo STF, O Presidente do STF, Joaquim Barbosa deixou a decisão nas mãos do Ministro Celso de Mello, o mais antigo juiz do Supremo, nomeado pelo Governo José Sarney, para quarta-feira próxima, dia 18 de setembro. Barbosa deu um bom tempo para a imprensa conservadora deitar e rolar com suas manchetes tendenciosas e partidárias saírem em defesa do voto de Mello recusando os embargos. Vamos só aguardar as capas e as manchetes das revistas Época e Veja desse final de semana, além dos jornais diários. O "bullyng" praticado por Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes contra "os novatos" do STF parece que surtiu efeito contrário, pois Luís Roberto Barroso retrucou Mello dizendo que estava ali para julgar os embargos infringentes conforme a Lei e a Constituição e não por pressão popular ou da mídia condenatória e que não estava preocupado com as manchetes dos jornais do dia seguinte, lhe fizessem críticas ou não. Barroso, que é novato sim no STF, mas experiente na vida jurídica, deu uma lição de moral em Marco Aurélio e disse a que veio. No final de seu discurso e sua tese, Marco Aurélio ainda tentou intimidar Celso de Mello e olhando para ele disse: "os olhos da Nação estão voltados para o Supremo Tribunal Federal." Ou seja, ele quis dizer que se Celso de Mello não votar junto com eles o Brasil o condenará por essa atitude. Isso é uma ameaça, um constrangimento. Vamos aguardar até a próxima quarta-feira e esperar que Celso de Mello vote com a sua consciência, sua sabedoria e com o conhecimento das Leis, afinal ele é o decano do Supremo, com 26 anos de casa.