domingo, 23 de agosto de 2009
20 ANOS SEM RAUL.
Ainda me lembro de uns de seu último show junto com Marcelo Nova, ex-vocalista da Banda de Rock Camisa de Vênus, na quadra do Sindicato dos Bancários no centro de São Paulo em junho/julho de 1989, onde Raul já não andava bem de saúde, bebia muito e esquecia a letra das músicas e misturava uma com outra, uma confusão danada, mas o Marcelo segurava a onda e para nós os fãs, a coisa passava despercebida e Raul era aplaudido como sempre.
Lembro que estava vindo do Hospital num táxi, em 20 de agosto de 1989, onde fui buscar minha mulher e meu filho recém nascido que estavam de alta, quando no rádio do táxi o locutor anunciava que foi encontrado o corpo do cantor Raul Seixas em seu apartamento no centro de São Paulo já sem vida, morreu sozinho. Raul teve seu auge nos anos 70 e início dos anos 8o, com belas composições ao lado de seu parceiro, o hoje escritor Paulo Coelho, que fizeram vários clássicos da MPB e do Rock tupiniquim, tais como Gitã, Maluco Beleza, Mata Virgem, SOS, Metamorfose Ambulante, etc. Raul foi duramente criticado pela imprensa, foi perseguido pela Ditadura Militar, se exilou nos EUA, falava fluentemente o inglês e foi o maior roqueiro do Brasil. Não tinha medo de criticar seus colegas de profissão, algumas bandas de Rock e até seus conterrâneos baianos como Gil e Caetano, mas eram amigos em comum.
Assim como Elvis, Cazuza, Renato Russo e Michael Jackson, Raul virou uma lenda e vendeu CDs como nunca após sua morte, virou um mito e passou a ser elogiado pela imprensa e por seus críticos, que antes torciam o nariz e o criticavam em suas matérias jornalísticas. Raul hoje é um ícone e referência de várias gerações e entre jovens que não o conheceram, mas aprenderam a gostar de suas músicas, que sempre tem uma mensagem política e de crítica a essa sociedade hipócrita que diz não gostar de certos estilos, mas que no calar da noite fazem coisas bem pior, ilegais e imorais. Viva o grande Raul, o maior roqueiro do Brasil. Toca o Raul aí!!!!!!!!
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